Relatório Mensal de Investimentos

A economia americana se destacou pela retomada do ciclo de corte de juros, com o Federal Reserve (FED) adotando uma postura mais agressiva do que o esperado pelo mercado, implementando um corte de 50 pontos base em vez dos 25 pontos base previstos. Essa decisão, conforme mencionado em nossa última carta, se baseou em dados melhores de inflação e do mercado de trabalho. Indicadores como o Payroll e o PCE apresentaram resultados positivos, reforçando a decisão do FED. No entanto, uma incerteza persiste no mercado quanto à magnitude do próximo movimento, já as declarações recentes de Powell diminuíram as expectativas sobre um corte mais significativo, levando os analistas a anteverem um ajuste de 25 pontos base na próxima reunião do FED. Essa expectativa reflete a cautela do Banco Central diante das condições econômicas em evolução. 

Com a expectativa de juros menores e um cenário promissor de soft landing os principais índices americanos performaram positivamente. O Nasdaq 100 avançou 2,48% no mês, acumulando uma alta de 19,22% no ano. O S&P 500 teve um desempenho semelhante, com uma alta de 2,02% no mês e apresenta um ganho de 20,81% no ano. 

Em setembro, a economia chinesa surpreendeu analistas e investidores ao intensificar seus esforços para estimular o crescimento que vinha apresentando resultados aquém do esperado. O governo decidiu não apenas manter, mas também adotar uma abordagem mais agressiva em seus estímulos monetários, ao mesmo tempo em que lançou um conjunto de iniciativas fiscais. Entre as ações implementadas, destacam-se a recapitalização de instituições financeiras e uma série de medidas para estabilizar o mercado imobiliário. O corte na taxa de juros base e a redução da exigência de reserva de compulsório foram passos significativos, além da diminuição do pagamento inicial necessário para a aquisição de uma segunda propriedade. As taxas de juros sobre hipotecas foram também ajustadas para oferecer alívio aos mutuários, enquanto linhas de crédito para a compra de imóveis por empresas governamentais agora permitem um financiamento integral da transação. Essas estratégias visam não apenas reaquecer a economia, mas também restaurar a confiança em um setor imobiliário que enfrenta desafios consideráveis.

Na Zona do Euro, as expectativas do mercado permaneceram estáveis, com o Banco Central Europeu decidindo reduzir a taxa de juros em mais 25 pontos base, estabelecendo-a atualmente em 3,50%. A presidente Christine Lagarde reiterou que as futuras decisões de política monetária estarão fundamentadas na evolução dos dados econômicos, destacando a importância de uma tendência de inflação que esteja alinhada com as metas estabelecidas, além de um gradual reaquecimento da economia. Essa abordagem sugere que o Banco Central está adotando uma postura cautelosa, monitorando de perto os indicadores que possam sinalizar uma recuperação econômica sustentável, enquanto busca equilibrar a estabilidade dos preços na região.       No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, de maneira unânime, aumentar a taxa de juros em 0,25%, elevando-a para 10,75% ao ano, após mais de dois anos sem ajustes para cima. Essa decisão está alinhada com as expectativas do mercado e reflete um cenário ainda incerto em relação à inflação, especialmente considerando a indicação de que o hiato do produto pode contribuir para um aumento da pressão inflacionária. Simultaneamente, o mercado de trabalho mostra sinais de robustez, com a criação de empregos atingindo níveis cada vez mais elevados, enquanto a taxa de desemprego vem apresentando uma tendência de queda. Esse contexto sugere um desafio para o Banco Central, que precisa equilibrar o controle da inflação com a manutenção do crescimento econômico e a geração de empregos.

Na contramão do mercado global, principalmente no que tange o comportamento da política monetária e fiscal, os principais índices brasileiros sofreram esse mês. O Ibovespa recuou 3,08% no mês, retornando para o patamar negativo no ano, com queda de 1,77%. No mercado de renda fixa, as taxas das NTN-Bs tiveram mais um mês de abertura e rentabilizaram abaixo do CDI. O índice IMA-B5 registrou uma alta de 0,40% no mês, contra 0,83% do CDI, enquanto o IMA-B5+ teve um desempenho bem abaixo, com um retorno de -1,42%. No acumulado do ano, os índices IMA-B5 e IMA-B5+ apresentaram retornos de 5,30% e -2,62%, respectivamente. Já o IDA-DI, que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI, teve um retorno de 121,39% do CDI no mês, mantendo-se acima do índice no ano, com 132,91% do CDI.  

Meta atuarial e rentabilidade do plano