Na economia americana, a inflação abaixo das expectativas aumentou a possibilidade de um corte de juros nas próximas reuniões do FOMC, embora em junho o comitê tenha optado por manter as taxas inalteradas, aguardando melhores dados econômicos. No mercado de trabalho, foram divulgados dados positivos para a contenção da inflação, como a redução no número de vagas em aberto e o aumento dos pedidos de seguro-desemprego, indicando um possível arrefecimento nas pressões inflacionárias relacionadas ao emprego.
Os principais índices americanos continuaram a subir fortemente no mês, impulsionados principalmente pelo desempenho das empresas de tecnologia, e pelos dados de inflação que seguiram surpreendendo positivamente. O Nasdaq 100 avançou 6,18% em maio, acumulando uma alta de 16,98% no ano. O S&P 500 teve um desempenho um pouco menor, mas ainda robusto, com uma alta de 3,47% no mês e apresenta um ganho de 14,48% no ano.
Após o aumento de estímulos econômicos para o setor imobiliário em maio, a economia chinesa voltou a decepcionar em junho. O mês foi marcado por uma redução na construção e nas vendas de novas casas, com os Índices de Gerentes de Compras (PMIs) ficando abaixo do esperado. Esses indicadores refletem uma desaceleração contínua na atividade econômica, levantando preocupações sobre a eficácia das medidas adotadas pelo governo chinês. Apesar dos esforços para revitalizar o mercado imobiliário, a confiança dos consumidores e investidores permanece baixa, agravando os desafios econômicos do país.
Conforme as expectativas do mercado, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou um corte nas taxas de juros de 0,25%. No entanto, a comunicação do BCE trouxe um tom mais hawkish em relação às próximas movimentações, sugerindo cautela e uma possível pausa em futuros cortes. Os dados de inflação seguem em queda, apresentando um cenário benigno para possíveis novos cortes de juros no futuro. Por outro lado, os indicadores de atividade econômica, como os Índices de Gerentes de Compras (PMIs), mostraram um recuo maior do que o esperado na zona do euro. O índice composto, que mede a atividade nos setores de manufatura e serviços, caiu de 52,2 para 50,8, sinalizando uma desaceleração na economia. Este desempenho abaixo do esperado ressalta os desafios econômicos que a zona do euro ainda enfrenta, apesar das medidas de estímulo implementadas.
O mês de junho no Brasil foi marcado por uma grande volatilidade no mercado, principalmente devido ao cenário político. O presidente Lula se pronunciou publicamente diversas vezes com um tom mais despreocupado em relação à situação fiscal do país, o que gerou incertezas e apreensão no mercado. Em relação à inflação, os dados apresentados surpreenderam positivamente, ficando abaixo das expectativas do mercado. O nível atual de inflação permanece alinhado com a meta estabelecida, porém é necessário observar com atenção os serviços subjacentes, que estão se movimentando em uma direção contrária. Apesar disso, os principais índices de atividade econômica continuam robustos, refletindo um mercado de trabalho vigoroso. Houve uma redução no desemprego e um aumento na massa salarial, indicando um cenário positivo para a economia brasileira. Diante desse contexto, o Comitê de Política Monetária (COPOM) decidiu, por unanimidade, manter a taxa de juros nos níveis atuais. O comitê adotou um tom mais cauteloso em relação a possíveis cortes de juros ao longo de 2024, sinalizando que futuras decisões dependerão da evolução dos indicadores econômicos e fiscais.
Mesmo com a volatilidade interna o Ibovespa seguiu o humor internacional e fechou em alta, o índice avançou 1,48% no mês, acumulando uma queda de 7,66% no ano. No mercado de renda fixa, as taxas das NTN-Bs (títulos atrelados à inflação) tiveram uma abertura significativa, especialmente nos vencimentos mais longos. O índice IMA-B5 registrou uma alta de 0,39% no mês, contra o CDI, que foi de 0,79% e o IMA-B5+ teve um desempenho ainda pior, com um retorno de -2,25%. No ano, os índices IMA-B5 e IMA-B5+ apresentaram retornos de 3,32% e -5,04%, respectivamente. Já o IDA-DI, que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI, teve um retorno de 135,22% do CDI no mês, mantendo-se acima do índice no ano, com 133,04% do CDI.
RENTABILIDADE DO PLANO OABPREV-PR
Junho: 0,84% (105,88% do CDI)
Maio: 0,82% ((98,60% do CDI)
Abril: 0,08% (8,88% do CDI)
Março: 1,02% (122,83% do CDI)
Fevereiro: 0,69% (85,85% do CDI)
Janeiro: 0,68% (70,21% do CDI)
Acumulado ano: 4,19% (80,27% do CDI)
12 meses: 10,53% (90,11% do CDI)
24 meses: 24,28% (90,67% do CDI)
36 meses: 29,74% (78,62% do CDI)