Relatório Mensal de Investimentos

O ano de 2022 começou marcado pela forte volatilidade dos ativos de risco no âmbito local e global. O principal gatilho para a alteração de humor dos investidores e posicionamento de a versão a o risco foi a mudança do tom do discurso do FED, que passou a ter um tom mais duro do que a apresentada em meados de 2021.

A declaração dos membros do Fed após a reunião do Banco Central Americano neste início de ano, afirmando que podem subir os juros acima do que até então era esperado pelo mercado, como objetivo de conter a inflação que atingiu o nível mais alto em décadas, fez com que os agentes do mercado entrassem em modo de “risk-off”. Esse movimento se justifica, em virtude do receio de que os demais Bancos Centrais das economias desenvolvidas adotem a mesma postura. Como causa desse movimento, vimos as principais bolsas mundiais fecharem o mês em queda. O S&P 500 caiu 5,26%, o MSCI World All Country caiu 4,55% e a Nasdaq registrou seu pior resultado em meses, com queda de quase 9%, motivado pela venda maciça dos investidores em ações de tecnologia, que tendem a ser mais sensíveis ao aumento de taxa de juros. Em contrapartida, o yield dos títulos americanos de 10 anos tiveram forte alta (17,6%), fechando o mês em 1,795% a.a.

No mercado local, a bolsa de valores brasileira, que iniciou 2022 sob forte pressão vendedora, teve boa recuperação e fechou o mês na ponta oposta das bolsas no exterior, subindo perto de 7%. Melhor desempenho do índice desde dezembro de 2020.

O motivo dessa recuperação se deu pela busca por ativos descontados por parte de investidores estrangeiros, o que gerou um forte fluxo de entrada de capital na bolsa brasileira, impulsionando os preços dos ativos. Esse fluxo

Impactou também o câmbio, levando a moeda americana para a menor cotação desde outubro de 2021. O dólar fechou o mês cotado R$5,30, desvalorizando aproximadamente 4,9%.

Por outro lado, o desempenho no mercado de renda fixa local não apresentou bons resultados. Em bora as chuvas tenham reduzido o risco do aumento de tarifa elétrica, ainda existem riscos inflacionários que seguem deixando as projeções de inflação acima de 5,0% em 2022.

Por conta disso, o Banco Central Brasileiro segue como discurso mais firme e deve manter a trajetória de elevação de taxa de juros. O lado político também segue trazendo ruídos que influenciam negativamente a dinâmica dos ativos locais. A intenção do Governo Brasileiro em propor uma PEC dos combustíveis buscando reduzir o preço dos produtos atrelados ao petróleo via redução de imposto, não agradou os investidores, pois resultaria em uma renúncia fiscal em  um momento crítico para o orçamento federal.

 Como consequência, observamos um forte movimento de abertura de taxa das curvas de juros, resultando em desempenho negativo de 0,73% do IMA-Be de menos 0,08% do IRF-M.Porsuavez, os ativos pós fixados seguem o bom desempenho por conta da trajetória de alta da Selic. OIDA-DI (índice da Anbima que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitido sem CDI) subiu 0,86% no mês, que em termos relativos é aproximadamente 117% do CDI. Os fundos multimercados também conseguiram capturar ganhos e fecharam janeiro com desempenho positivo. O índice da Anbima IHFA subiu aproximadamente 0,94% no mês.

Relatório Mensal

Rentabilidade do plano

Janeiro: 0,40% ( 60,86 do CDI )

Acumulado Ano:  0,40% ( 60,86 do CDI)

12 meses: 2,74% ( 55,26 do CDI)
24 meses: 4,90 % ( 64,40 do CDI)
36 meses: 15,38% ( 111,51 do CDI)