Relatório Mensal de Investimentos

A economia dos Estados Unidos segue robusta, mas com sinais dúbios, no mês de abril o discurso por parte do Federal Reserve enfatizou cautela em relação aos cortes nos juros, dada a incerteza global e as condições econômicas em evolução. Embora o PIB do primeiro trimestre tenha sido mais fraco do que o esperado, o crescimento do consumo das famílias e dos investimentos oferece sinais de resiliência econômica. A inflação de serviços segue acima do esperado, o conjunto dos indicadores causou uma abertura na curva de juros e fortalecimento no dólar, destacando preocupações sobre pressões inflacionárias e seus possíveis impactos na competitividade das empresas americanas.

Diante da continuidade de números piores para inflação e com um tom mais hawk sobre cortes de juros, os principais índices de bolsa sofreram no mês. O Nasdaq 100 recuou 4,46% em abril, mas ainda sobe 3,65% no ano. O S&P500 teve um desempenho bem parecido, com baixa de 4,16% no mês e segue positivo no ano em 5,57%.

A deterioração do mercado imobiliário segue dificultando o desempenho da economia chinesa, mas o governo continua tomando medidas para financiar esse setor. Mesmo nesse contexto, o crescimento anual do PIB demonstrou uma resiliência, superando as expectativas do mercado. Além disso, a melhoria no ciclo industrial mostra sinais encorajadores de crescimento e estimula a economia, mas na ponta negativa notamos dados mais fracos na venda do varejo. A somatória desses fatores trouxe certo alívio para o mercado mobiliário chinês, que avançou bem em abril.

A recuperação da economia da zona do euro continua a ser evidente. Entre eles, há surpresas positivas no PIB e nos setores de serviços. Além disso, a inflação na zona do euro continua a diminuir, em parte devido às pressões sobre os preços. A combinação desse cenário de redução da inflação com dados econômicos melhores indica que o Banco Central Europeu (BCE) deve implementar políticas monetárias flexíveis. Neste cenário, o BCE mantém uma postura mais dove, sugerindo a possibilidade de um corte na taxa de juros em junho.

Na economia brasileira os dados recentes de criação de emprego superaram as expectativas, e seguimos com mais um mês de geração além do consenso no mercado de trabalho. Essa tendência de crescimento sugere que as últimas revisões positivas do PIB continuem em linha. Na questão fiscal, o governo brasileiro anunciou alterações para baixo nas metas fiscais de 2025 e 2026, indicando uma preocupação com a sustentabilidade fiscal e a necessidade de ajustes nas políticas orçamentárias. Essa revisão para baixo nas metas fiscais reflete os desafios econômicos enfrentados pelo país e a necessidade de medidas para garantir a estabilidade fiscal a longo prazo. Ademais, o IPCA de março surpreendeu positivamente. Embora a inflação controlada seja positiva para os consumidores, é essencial que o Banco Central continue monitorando de perto os desenvolvimentos econômicos e esteja preparado para ajustar suas políticas, conforme necessário para garantir a estabilidade de preços e o crescimento sustentável. Em resumo, a economia brasileira está enfrentando desafios e oportunidades com indicadores de emprego fortes, mas preocupações persistentes em relação à política monetária, metas fiscais e inflação (núcleo).

O Ibovespa fechou com mais um mês negativo, diante de preocupações no âmbito fiscal e de falas mais preocupantes por parte de Roberto Campos em relação ao grau de redução dos juros nas próximas reuniões do COPOM, o índice recuou 1,70% no mês e segue negativo no ano em 6,16%. No mês, as taxas das NTN-Bs (títulos atrelados a inflação) tiveram forte abertura e com maior intensidade nos vencimentos mais longos. O índice IMA-B5 teve uma performance negativa, com baixa de 0,20% no mês, muito aquém do CDI de 0,89%. Já nos vencimentos mais longos (IMA-B5+) o índice apresentou um retorno pior, -2,91%. No ano, os índices IMA-B5 e IMA-B5+ apresentaram retorno de 1,85% e -4,38%, respectivamente. O IDA-DI, que mede o desempenho dos ativos de crédito privado emitidos em CDI, apresentou um retorno de 114,28% do CDI no mês e segue acima do índice no ano, 136,14% do CDI.

Rentabilidade do Plano OABPrev
Abril: 0,08% (8,88% do CDI)
Março: 1,02% (122,83% do CDI)
Fevereiro: 0,69% (85,85% do CDI)
Janeiro: 0,68% (70,21% do CDI)

Acumulado Ano: 2,49% (70,45% do CDI)
12 meses: 11,29% ( 91,71% do CDI)
24 meses: 23,86% (87,35%)
36 meses: 29,67% (81,51% do CDI)